Moacir Santos nasceu em julho de 1926, em Pernambuco, e veio para o Rio de Janeiro em 1948 com a finalidade de se tornar um Maestro completo, estudando com os mais renomados professores da época, tornando-se assistente do Professor H.J. Koellreutter.
Foi nomeado um dos maestros da Radio Nacional, TV Record, arranjando e conduzindo orquestras de teatros de revista.
Em 1960 foi homenageado na celebre frase de Vinicius de Moraes, na qual pede a Benção ao maestro (Samba da Benção).
Em 1967 vai para os EUA, onde participa da equipe de criação Lalo Schifrin, na serie para TV Missão Impossível.
Lança o 1º disco nos Estados Unidos (The Maestro) e recebe a indicação para concorrer ao Grammy Award.
Moacir volta ao Rio, acompanha as gravações de Ouro Negro, é reconhecido por sua enorme contribuição no Brasil e no exterior, e recebe o prêmio Multicultural Estadão pelo conjunto de sua obra.
Os primeiros sons que povoaram a infância de Moacir Santos foram os da tradição cultural nordestina, como o baião, o dobrado, o choro, o maracatu e o frevo, ouvidos e praticados nas bandas filarmônicas e jazz-bands do Alto Sertão pernambucano. A música Ciranda das Flores composta por Moacir Santos em parceria com Gilberto Gil traz a leveza, a brincadeira praiana na levada de ciranda.
Para homenagear esse grande compositor, os Grupos de Referência de Lorena, Piracicaba e Sorocaba cantam a Ciranda das Flores no arranjo especialmente feito por Zeca Rodrigues.
Na série Guri Convida, o Grupo de Referência de São Carlos – Big Band em parceria com Nailor Proveta, outro grande representante da música brasileira, apresentou, em 2019, a composição Jequié (a partir de minuto 16:30 no vídeo anexo).
Confira aqui a versão de Ciranda das Flores com os Grupos de Referência de Piracicaba, Lorena e Sorocaba.
Texto escrito por Jotagê Alves, coordenador educacional da Sustenidos e arranjador.