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Educação de meninas negras e pandemia: aprofundamento das desigualdades
Parceira da Sustenidos, a Geledés Instituto da Mulher Negra conduziu uma importante pesquisa sobre A educação de meninas negras em tempos de pandemia: o aprofundamento das desigualdades. A apuração do documento, em forma de infográfico, está disponível para todos no site da instituição.
A pesquisa serviu de ponto de partida para o um bate-papo virtual, no dia 15 de julho de 2021, entre nossos profissionais e Suelaine Carneiro, coordenadora do programa de educação da Geledés.
Clique na imagem ao lado e acesse o PPT do documento trabalhado no encontro.
Para Luciana Antonio, gerente de Parcerias e Alianças da Sustenidos, “o direito à educação nunca foi realidade para todas as crianças e adolescentes no Brasil, mas a pandemia de COVID-19 agrava um cenário já bastante comprometido. No que diz respeito às meninas negras, a pesquisa realizada por Geledés Instituto da Mulher Negra, demonstra que elas são as mais atingidas pelas desigualdades educacionais”.
“Para nós da Sustenidos dialogar sobre esta pesquisa nos provoca a mobilizar e realizar ações para reduzir esta desigualdade e dar visibilidade para este público que é impactado por todas as políticas públicas.
Ao nos engajarmos a esta pauta, destacamos nosso comprometimento com as pautas racial, educacional e de gênero, e nossa consonância com os ODS´s 4 e 5”, completou a gestora.
Pesquisa: Onde foi parar depois do Guri? Quem são? Qual o impacto do Guri?
A pesquisa Onde foi parar depois do Guri? foi realizada em 2020 mediante questionário quantitativo, orientado aos(às) ex-alunos(as) do Projeto Guri que preencheram o questionário de modo on-line, por meio de campanha nas redes sociais do Projeto Guri, Facebook, Instagram e Twitter, sendo a primeira rede social a que concentrou as principais divulgações.
O questionário abordou os seguintes pontos
1 – Perfil pessoal, civil e familiar, além de permanência no Projeto e emotivo de saída;
2 – Situação atual dos(as) ex-alunos(as), prática musical, estudos e profissão;
3 – Impacto do Projeto em suas vidas;
4 – Grau de interesse dos(as) respondentes em relação aos eventos e notícias sobre o Projeto.
A amostra foi composta por 1.213 ex-alunos(as) que responderam ao questionário.
Esta pesquisa, orientada a conhecer a situação atual dos(as) ex-alunos(as) do Projeto Guri, está formada por uma amostra espontânea, em que as mulheres são maioria em relação aos homens (60,84%); as faixas etárias predominantes são dos 18 aos 21 anos (39,08%) e dos 22 aos 25 anos (28,28%); em relação aos aspectos étnico-raciais, a maioria (62,82%) se declara ser da cor branca. Quanto à constituição familiar, trata-se de ex-alunos(as) majoritariamente solteiros(as) (86,56%) e sem filhos(as) (90,35%).
Os principais cursos que os(as) ex-alunos(as) realizaram durante seu tempo de Guri são canto coral (26,19%), violão (14,58%) e violino (12,08%); cerca de 1/5 chegaram a participar de algum Grupo de Referência (21,93%), sendo o GR de Jundiaí (12,5%) a mais citadas. Em relação ao tempo de permanência, metade deles(as) (50,62%) permaneceram no Projeto três anos ou mais; e o principal motivo de saída é o atingimento da maioridade (32,88%).
Recomenda-se, assim, uma leitura cautelosa dos resultados devido ao fato da amostra ser espontânea e predominarem nela ex-alunos(as) com longa permanência no Projeto, que mantém, de certa forma, um vínculo mais estreito com o Guri.
Partindo deste perfil e com o objetivo de descobrir quais os rumos tomados por estes(as) ex-alunos(as), constata-se que a maioria deles(as) continuam tocando o instrumento aprendido no Guri (65,95%). Destaca-se a relação que existe entre a prática musical e a permanência dos(as) ex-alunos(as) no Projeto, observando-se que quanto maior é o tempo de permanência no Guri maior é a proporção de ex-alunos(as) que continuam tocando atualmente, chegando a 72% entre aqueles(as) que permaneceram no Guri por mais de três anos.
Quanto à situação atual do total de ex-alunos(as), 35,7% estudam, 20,69% trabalham e 37,26% estudam e trabalham. 55,32% têm um nível de ensino universitário, 13,6% técnico, 12,94% ainda cursam o Ensino Fundamental ou Médio e 14,59% não chegaram a cursar ensino superior. Com relação à área de atuação, destacam-se os 28,52% que trabalham ou estudam na área musical. No geral, a área de estudos mais realizada pelos(as) ex-alunos(as) é a de saúde e bem-estar entre os(as) que apenas estudam, já entre aqueles(as) que apenas trabalham ou estudam e trabalham prevalecem a área de estudos em negócios, administração e direito. Em relação à área de atuação profissional, a maioria dos(as) ex-alunos(as) possuem atuação como profissionais das ciências e das artes (44,48%).
Entre os(as) ex-alunos(as) que trabalham ou estudam e trabalham, observou que cerca de 48% deles(as) possuem renda entre 1 e 3 salários mínimos, sendo que entre aqueles(as) que dividem trabalho e estudo a parcela que recebe até 1 salário mínimo é maior do entre aqueles(as) que apenas trabalham. Isso se deve a uma questão etária, sendo que 45% de respondentes que estão nesta situação possuem menos de 21 anos, ou seja, ainda estão em fase de idade escolar obrigatória ou ainda cursando estudos em nível superior.
Ao se investigar sobre a importância dada ao Projeto e os impactos dele nas vidas dos(as) ex-alunos(as), a imensa maioria (97%) classifica que ter passado pelo Guri foi importante ou muito importante. Aqui também se observa uma correlação positiva com a permanência, em que ex-alunos(as) que ficaram mais de 3 anos matriculados(as) tem maiores taxas de consideração do projeto como muito importante e importante – 98%, enquanto que entre ex-alunos(as) com menos de seis meses, o índice cai para 78%.
Procurando aprofundar um pouco mais sobre a importância do Guri em suas vidas, analisou-se também em quais aspectos os(as) ex-alunos(as) consideram que o Projeto impactou de forma mais marcante em suas vidas. Os três principais aspectos colocados como mais impactantes foram: ajudar a ter mais confiança, ajudar nas relações sociais e ajudar na ampliação do repertório musical.
Esses dados dão sinais significativos de que a proposta de ensino coletivo (promovendo a interação e colaboração entre alunos(as)), bem como as apresentações (estimulando a confiança dos(as) alunos(as) em seus potenciais) se somam ao contato com outros estilos e ritmos de músicas (ampliando seus repertórios), na contribuição para o desenvolvimento humano daqueles(as) que tem passagem pelo Projeto Guri.
Por fim, procurou-se observar de que forma os(as) ex-alunos(as) continuam a manter contato com o Projeto Guri. A grande maioria dos(as) respondentes (80,79%) afirmam que continuam a acompanhar os acontecimentos e notícias do Projeto Guri, sendo o principal meio de contato as redes sociais (85,82%). Na pesquisa realizada em 2020, diferente do levantamento realizado em 2018, apenas 11,53% afirmaram se manter informado sobre o Guri por meio de amigos (em 2018 foram 24,25%).
No que diz respeito à presença em eventos e ações promovidas pelo Projeto Guri, cerca de 67% dos(as) respondentes disseram que não têm o costume de frequentá-los, sendo aqueles que apreciam o Guri chegam a pouco menos de 1/3 dos pesquisados, com 32,56%. Verifica-se, ainda, que entre os(as) ex-alunos(as) que mantiveram seus vínculos com o Projeto Guri por mais tempo a possibilidade de frequentar um evento é até 2,5 vezes maior, do que em relação aos(às) ex-alunos(as) que ficaram menos de um ano.
A pesquisa completa está disponível aqui no site, em publicações.
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Lucas Martins teve o primeiro contato com a flauta transversal aos 10 anos de idade, no Projeto Guri – maior programa sociocultural brasileiro, gerido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo. Engenheiro civil, largou o emprego na construtora para seguir seu sonho. Hoje, aos 27 anos, bacharel em música, com habilitação em flauta pela USP, foi aceito no programa de mestrado da Universidade de Artes de Zurique, na classe do professor suíço Philippe Racine.
O novo curso, com duração de dois anos, começa no mês de setembro de 2021 e Martins segue em campanha nas mídias tradicionais e em redes sociais, em busca de recursos que auxiliem o flautista com os custos, em torno de R$120.000,00. Confira a campanha no link: Crowdfunding | Como Doar | Donations | Lucas Martins (wixsite.com).
Martins começou a estudar flauta transversal em 2005, no Projeto Guri da cidade de Bauru, onde permaneceu até 2011 – ano em que participou, por meio de incentivo da Secretaria de Estado da Cultura e do Projeto Guri, do Festival El Bicentenario de Argentina, em Buenos Aires. “Foi no Festival que vi pela primeira vez uma grande Orquestra. Nesse momento meus olhos brilharam e descobri o que eu queria fazer para o resto da vida. Também tive a oportunidade de conhecer e aprender com excelentes profissionais”, contou o músico que, por meio do instrumento, teve a oportunidade de conhecer também diferentes países, como Suíça, Itália e Estados Unidos.
O jovem acredita que, além da profissão, o Projeto deu a ele a oportunidade de fazer amigos, viajar pelo mundo e estar ao lado de grandes mentores. Foi sob convite do Maestro Roberto Virgilio que passou a integrar voluntariamente a Banda Sinfônica Municipal de Bauru (BSMB) em 2006, grupo do qual se tornou membro oficial em janeiro de 2008. Na BSMB foi também professor da seção de flautas transversais e coordenador dos ensaios dos instrumentos de sopros.
Em 2012, na escolha da faculdade, Martins optou por Engenharia Civil, profissão que acreditava dar mais segurança e estabilidade. No entanto, o jovem reforça que essa opção só fez com que ele tivesse mais certeza do amor pela música. “Eu cheguei a trabalhar com engenharia civil, mas nada se comparava e emoção de subir em um palco. Por isso, nunca abandonei a flauta. Segui tocando e tendo aulas quinzenais”, comenta.
Então, em 2017, ingressou no Bacharelado em flauta transversal na Universidade de São Paulo e no programa de bolsas da Cultura Artística “Jovens Talentos – Magda Tagliaferro”. Neste período, morando em São Paulo, Lucas tocou nos mais importantes grupos jovens da América Latina (Orquestra Jovem do Estado, Banda Jovem do Estado e Orquestra Jovem do Theatro São Pedro) e em importantes orquestras profissionais do País, como a Orquestra Sinfônica da USP (OSUSP) e a Orquestra do Theatro São Pedro (ORTHESP).
Ao ser questionado sobre o futuro, o músico afirma “Tenho uma relação muito forte com o meu País e quero retribuir o que recebi. Reconheço a importância do Projeto Guri, que me deu a oportunidade de seguir por um bom caminho. Por isso, quero servir de referência e exemplo para os que estão chegando. Além de dizer que é possível viver da música, posso dizer que essa é minha profissão e estou realizando os meus sonhos por meio dela”, finaliza Lucas Martins.
Do Guri para o Mundo
A série Do Guri para o Mundo foi criada em 2020 para celebrar os 25 anos do Projeto Guri e retratar o caminho trilhando pelos Guris: quem são, onde estão e o que mudou na vida deles. Além de prestar uma homenagem aos mais de 810 mil ex-alunos (na época) beneficiados pelo programa e, consequentemente, pelo poder de transformação da música. A série fez tanto sucesso que decidimos seguir compartilhando outras histórias inspiradoras: http://www.projetoguri.org.br/noticias/do-guri-para-o-mundo/
Estreia do vídeo será no dia 17/7/2021, nas redes sociais do Projeto Guri Youtube | Facebook
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Patrocinadores e apoiadores do Projeto Guri – Sustenidos: CTG Brasil; WestRock; Bayer; Novelis; Arteris; CSN; EMS; Grupo Maringá; NovAmérica Agrícola; Capuani do Brasil; Pinheiro Neto; VALGROUP; Raízen; BTP; Caterpillar; Cipatex; Faber-Castell; Supermercados Rondon; CNH Capital; Instituto 3M; Louis Vuitton; Mercedes-Benz; Petrom – Petroquímica Mogi das Cruzes; Castelo Alimentos; Enel; Pirelli.
Patrocinador Musicou – Sustenidos: CTG Brasil; Grupo Maringá; SulAmérica.
Patrocinador Som na Estrada – Sustenidos: Supermercados Tauste; Sky; Glovis; Supermercados Rondon.
Patrocinador Imagine Brazil e Ethno Brazil – Sustenidos: Sky e Supermercados Tauste.
Patrocinadores Institucionais da Sustenidos: Microsoft e VISA.
Sobre o Projeto Guri: mantido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, o Projeto Guri é o maior programa sociocultural brasileiro e oferece, nos períodos de contraturno escolar, cursos de iniciação musical, luteria, canto coral, tecnologia em música, instrumentos de cordas dedilhadas, cordas friccionadas, sopros, teclados e percussão, para crianças e adolescentes entre 6 e 18 anos (até 21 anos no curso de luteria, nos Grupos de Referência e nos polos da Fundação CASA). Cerca de 50 mil alunos são atendidos por ano, em quase 400 polos de ensino, distribuídos por todo o estado de São Paulo. Os mais de 330 polos localizados no interior e litoral, incluindo os polos da Fundação CASA, são administrados pela Sustenidos, enquanto o controle dos polos da capital paulista e Grande São Paulo fica por conta de outra organização social. A gestão compartilhada do Projeto Guri atende a uma resolução da Secretaria que regulamenta parcerias entre o governo e pessoas jurídicas de direito privado para ações na área cultural. Desde seu início, em 1995, o Projeto já atendeu mais de 850 mil jovens na Grande São Paulo, interior e litoral.
Sobre a Sustenidos: Eleita a Melhor ONG de Cultura de 2018, a Sustenidos é a organização responsável pelo Projeto Guri (nos polos de ensino do interior, litoral e Fundação CASA), Conservatório de Tatuí e Complexo Theatro Municipal. Além dos projetos especiais Som na Estrada, Musicou e MOVE, e dos festivais Ethno Brazil e Imagine Brazil. Além do Governo de São Paulo, a Sustenidos conta com o apoio de prefeituras, organizações sociais, empresas e pessoas físicas. Instituições interessadas em investir na Sustenidos, contribuindo para o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes, têm suporte fiscal da Lei Federal de Incentivo à Cultura e do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (FUMCAD). Pessoas físicas também podem ajudar. Saiba como contribuir: www.sustenidos.org.br/pessoa-fisica/
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