Nos dias 8, 9 e 10 de outubro, o núcleo Musicou Fortaleza recebe a sanfoneira Lívia Mattos para três dias de oficinas de criação musical e de mostra de processo no Theatro José de Alencar. A atividade integra mais uma edição do Musicou Convida, um programa que convida artistas consagrados, com carreiras consolidadas em âmbito local, nacional ou internacional, a desenvolver um projeto artístico e pedagógico voltado aos alunos e alunas do Núcleo Musicou, educadores(as) e comunidade.
Convidada no Musicou Fortaleza, Lívia Mattos compartilhará sua trajetória e referências em aula aberta ao público e oficinas de sanfona e criatividade musical para alunos Musicou.
Natural de Salvador, Lívia Mattos é acordeonista, compositora, socióloga e artista circense. Depois de muitos anos circulando como instrumentista para artistas como Chico César, Rosa Passos, Badi Assad, Orquestra Sinfônica da Bahia e outros, a sanfoneira lançou o seu primeiro álbum autoral em 2017, intitulado Vinha da Ida.
Oficina de criação com Livia Mattos 8, 9 e 10 de outubro, das 14h30 às 18h15 Musicou Fortaleza – Theatro José Alencar Endereço: Rua 24 de maio, 600 – Centro, Fortaleza/CE (Anexo CENA do TJA)
Pelo segundo ano consecutivo, a Sustenidos Organização Social de Cultura realiza o festival internacional Big Bang, uma ode festiva à música e à arte sonora criada pela Zonzo Compagnie, da Bélgica, para o público infanto-juvenil. Apresentado nos dias 9, 11, 12 e 13 de outubro, no Theatro Municipal de São Paulo e no Conservatório de Música e Teatro de Tatuí, o Big Bang tem curadoria de Nelson Soares, integrante do duo mineiro O Grivo, e de Wouter van Looy, artista belga criador do festival e diretor da Zonzo Compagnie. Os ingressos são gratuitos.
Com espetáculos da Bélgica e do Brasil, o festival promete proporcionar ao público uma experiência completa de apresentações musicais, instalações sonoras, cortejos e concertos, em espaços que são transformados em verdadeiros labirintos musicais.
De acordo com a diretora executiva da Sustenidos, Alessandra Costa, a realização do Big Band, pelo segundo ano seguido no Brasil, fortalece as diretrizes de excelência, inovação e diversidade que são características dos programas geridos pela organização.
“O Big Bang traz uma concepção diferente do que é ´música para crianças´, sem subestimar a capacidade de compreensão deste público. Aqui não existe didatismo, mas sim um convite à escuta ativa e à exploração do espaço com suas diferentes atmosferas sonoras”, diz a diretora.
Destaque para os espetáculos belgas Hey, Meredith, tributo à cantora, performer e compositora Meredith Monk, e Dansconcert, que combina música e dança em uma performance interativa. Entre as atrações brasileiras estão Padê, um espetáculo especialmente comissionado ao percussionista Ari Colares para o festival, no qual a música de John Cage encontra a percussão de matriz africana, e o cortejo carnavalesco da Cornucópia Desvairada. As instalações sonoras Neurocórdio, de Paulo Nenflidio, e Órbita, de Telmo Rocha, ajudam a criar a atmosfera desse labirinto.
A programação conta, ainda, com duas performances que promovem o encontro entre jovens músicos brasileiros e convidados estrangeiros: em Orchestrascope, o belga Rémi Decker e o português Filipe Raposo se juntam à Orquestra Experimental de Repertório para sonorizar uma releitura de antigos filmes mudos.
Já o Projeto Nomad, coordenado pelo músico e educador britânico Paul Griffiths, convidou alunos e alunas do Conservatório de Tatuí para inventar um espetáculo completamente novo em apenas cinco dias.
Confira a programação completa
A agenda começa no dia 9 de outubro no Conservatório de Música e Teatro de Tatuí, em atividade fechada para as escolas municipais. O público convidado acompanhará, entre as 9h e 16h10, os espetáculos belgas Hey Meredith, no Teatro Procópio Ferreira, e Dansconcert, no Salão Vila Lobos.
Programação aberta para todo o público, no dia 11 de outubro, o Conservatório de Tatuí recebe o músico e educador britânico Paul Griffiths para apresentar o Projeto Nomad. Nessa atração, que acontece às 16h no Teatro Procópio Ferreira, alunos que estudam no Conservatório de Música e Teatro de Tatuí mostram um espetáculo que foram convidados para inventar em apenas cinco dias.
Educador musical, produtor, compositor e intérprete de renome internacional, Paul Griffiths sustenta em seu trabalho o compromisso de fornecer acesso musical de alta qualidade a todos e por uma profunda compreensão do impacto que o trabalho artístico criativo pode ter sobre os indivíduos e as comunidades. Tem mais de vinte e cinco anos de experiência trabalhando em música, artes transversais e projetos transculturais no Reino Unido, Europa, Ásia, África e Austrália.
Também no dia 11 de outubro, o Theatro Municipal realiza atividades fechadas para escolas municipais, entre às 8h e às 17h. Nesse período, os alunos poderão acompanhar dupla apresentação dos espetáculos Hey Meredith, Dansconcert e Orchestrascope.
No dia seguinte, 12 de outubro, em celebração ao Dia das Crianças, o Municipal abre as portas para receber todo o público em atrações que começam as 10h30 e que vão até as 18h30. O convite é para que as famílias venham dispostas a passar um período no teatro, de forma a vivenciar diferentes experiências.
A agenda começa com o carnaval da orquestra Cornucópia Desvairada, em um encontro de riqueza musical, abundância de alegria e celebração da coletividade. A partir das 10h30, em frente ao Theatro, essa orquestra colorida promete conectar as pessoas, apresentando um cortejo descontraído, interativo e dançante que percorrerá todo o Theatro Municipal. O grupo repete a atração às 13h30.
Às 11h e às 14h30, o palco do Municipal recebe o espetáculo Orchestrascope. O público assistirá uma série de filmes dos primórdios do cinema, reeditados especialmente para esta performance. Juntando piano, Foley, uma orquestra e a participação do público, esse extraordinário circo de imagem e som toma vida novamente.
Com o apoio do Programa Europa Criativa da União Europeia, o espetáculo é uma produção da Zonzo Compagnie em coprodução com a Fábrica das Artes (Centro Cultural de Belém) e a Ópera de Rouen Normandie.
No Hall do Theatro, às 11h30 e às 17h40, acontece o Dansconcert, da companhia belga Toutpetit. Com muita música e dança contagiantes, o público não conseguirá ficar parado nesse caminho musical intimista e misterioso que trará uma sensação de estar flutuando no palco.
Em dupla performance na cúpula do Municipal, às 12h40 e às 14h, o espetáculo Padê tem direção musical de Ari Colares e promete para o público um concerto repleto de sons e também de silêncios misteriosos.
Em seguida, o público acompanha de dentro do palco o espetáculo belga Hey, Meredith, em uma homenagem à cantora, pianista e performance norte-americana Meredith Monk. O espetáculo, que acontece às 12h40 e às 15h40, navega pelo legado da cantora que brinca com as infinitas possibilidades da voz, inspirando cantores de todo o mundo a buscarem seus próprios sons.
As instalações sonoras Neurocórdio, de Paulo Nenflidio, e Órbita, de Telmo Rocha, ficarão abertas durante toda a duração do festival no dia 12 de outubro.
A programação do Big Bang é concluída no dia 13 de outubro, no Conservatório de Tatuí, com apresentação do espetáculo Orchestrascope.
Sobre o Festival
O BIG BANG é realizado desde 2010 pela companhia belga Zonzo Compagnie, dirigida por Wouter van Looy, com o apoio da União Europeia, que permitiu a cooperação estrutural entre diferentes casas culturais de diferentes regiões da Europa. O BIG BANG
realiza-se anualmente em Bruxelas (BOZAR), Lisboa (Centro Cultural de Belém), Stavanger (Stavanger Konserthus), Lille (Opéra de Lille), Antuérpia (deSingel), Atenas (Centro Cultural Onassis), Hamburgo (KinderKinder),Sevilha (Instituto de la Cultura y las Artes de Sevilla) e Ottawa. Pelo segundo ano seguido, o Big Bang é realizado no Brasil, fruto da parceria da Zonzo Compagnie com a Sustenidos Organização Social de Cultura. Em 2015 o BIG BANG Festival recebeu o selo EFFE e recebeu o prestigioso prêmio EFFE, de melhor festival da Europa.
Para a programação de cada edição do festival, a Zonzo Compagnie trabalha em estreita colaboração com as parcerias locais. Após o festival, eles se reúnem para trocar ideias e projetos e montar coproduções. Uma interação inspiradora em função de uma missão comum: tornar as riquezas do mundo da música acessíveis às crianças.
SERVIÇO
Festival Big Bang 2024 Realização Sustenidos Organização Social de Cultura
9, 11, 12 e 13 de outubro Theatro Municipal de São Paulo Endereço: Praça Ramos de Azevedo, s/n – República, São Paulo – SP
Conservatório de Música e Teatro de Tatuí Endereço: Rua São Bento, 415, Centro, Tatuí-SP
Entrada gratuita
Os ingressos estarão disponíveis online nos sites do Theatro Municipal e do Conservatório de Tatuí, 48 horas antes dos dias do evento. No Theatro Municipal, uma parte dos ingressos serão reservados para retirada na bilheteria do teatro, no dia 12 de outubro, uma hora antes de cada atividade.
Foi com a ópera Nabucco que a carreira de Giuseppe Verdi teve de fato início. Após um momento atribulado, com tragédias familiares e a má recepção à ópera Un giorno di regno, ele havia decidido parar de compor até entrar em contato com o libreto sobre Nabucodonosor, que se transformou em sucesso instantâneo na cena italiana.
A ópera chegou ao Theatro Municipal de São Paulo, com récitas no final de setembro e começo de outubro. Os barítonos Alberto Gazale e Brian Major e as sopranos Marigona Qerkezi e Marsha Thompson encabeçaram o elenco; Roberto Minczuk assinou a direção musical do espetáculo. A produção é assinada pela diretora brasileira Christiane Jatahy e estreou em junho de 2023 no Grande Teatro de Genebra, na Suíça.
O libreto narra a história de perseguição de Nabucodonosor, da Babilônia, ao povo judeu. “Não mudamos o libreto. Mas foi central retratar a questão nos dias de hoje. Por isso, a montagem traz elementos como os figurantes que representam, junto com o coro, o povo exilado que será formado por pessoas refugiadas. Pessoas que fugiram das guerras de hoje e estão ali para contar essa história”, explica a diretora
“A utilização das câmeras em cena, e também da projeção, tem, para mim, uma função dramatúrgica. Elas não são só imagens para mostrar de perto o que está acontecendo, elas vão possibilitando outros pontos de vistas sobre o que não está tão visível”, afirma.
Nabucco Ópera em quatro atos de Giuseppe Verdi, com libreto de Temistocle Solera.
ORQUESTRA SINFÔNICA MUNICIPAL CORO LÍRICO MUNICIPAL
Roberto Minczuk, direção musical Christiane Jatahy, direção cênica Érica Hindrikson, regência do Coro Lírico Municipal Antonino Fogliani, compositor do interlúdio final Thomas Walgrave, Marcelo Lipiani e Christiane Jatahy, cenografia An D’Huys, figurinos Thomas Walgrave, iluminação Batman Zavareze, vídeo Paulo Camacho, direção de fotografia Júlio Parente, desenvolvimento do sistema de vídeo Pedro Vituri, designer de som Marcelo Buscaino, assistente de direção Henrique Mariano, coordenador de produção audiovisual
dias 27 e 29/9, 2 e 5/10 Alberto Gazale, Nabucco Marsha Thompson, Abigaille Savio Sperandio, Zaccaria Enrique Bravo, Ismaele Luisa Francesconi, Fenena
dias 28/9, 1 e 4/10 Brian Major, Nabucco Marigona Qerkezi, Abigaille Matheus França, Zaccaria Marcello Vannucci, Ismaele Juliana Taino, Fenena
Todas as datas Lorena Pires, Anna Rafael Thomas, Il Gran Sacerdote Eduardo Goés, Abdallo
Ponto Zero do Refúgio, Produção de Elenco
Elenco de Apoio:
Ação Alessandra Helena, Alu Figueiredo, Bea Lopes, Cristiano Belarmino, Debora Vaz, Henri Paul Aronson, Eduardo Martins, Isabella Bianco, Patric Neves, Pina, Washington Lins e Yara Ktaish
Figuração Adrienne Tchuente, Aicha Traore, Bintu Bah, Constance Salawe Kenko, Frozan Sediqi, Hamza Benbou, Kirachs Dragon, Mariama Bintu Bah, Mohammad Tanji, Osmani Kumba, Prudence Kalambay, Rafat Al-Najjar, Rimaz Tanji, Suzanne Tcham, Valy, Victor Gee, e Yara Tanji
Seguindo com a proposta de troca de experiências, conhecimentos e muita música entre artistas convidados, alunos do Musicou e a comunidade local, o Musicou Convida desembarca em Olinda para uma programação especial e gratuita. Entre os dias 24 e 26 de setembro, o núcleo Musicou Olinda recebe o Grupo Bongar para três dias de oficinas e mostra de processo que reúnem música e ancestralidade.
Nos dois primeiros dias, o grupo apresenta oficinas que mergulham pelo Ibeji, o orixá das crianças, dos gêmeos, da alegria, da prosperidade e da sorte. O público poderá prestigiar as alfaias e abês do Grupo Bongar em uma imersão com muita percussão e história. No terceiro dia, o grupo que é parte importante da história musical brasileira há duas décadas, realiza uma mostra de processo para os alunos e comunidade local.
Formado por percussionistas e cantores que revezam os instrumentos como a alfaia, ganzá, abê, caixa, congas, ilu e tabicas, o grupo Bongar faz parte da Nação Xambá, localizada em Olinda. Eles realizam um trabalho de resgate e divulgação da cultura e religião da nação Xambá através de sua dança tradicional, o coco, e em seu mais recente trabalho, as giras de Jurema.
Sobre o Musicou Convida O Projeto Musicou Convida está calcado em uma proposta de residência artística em que artistas consagrados, com carreiras consolidadas em âmbito local, nacional ou internacional, são convidados a desenvolver um projeto artístico e pedagógico voltado aos alunos e alunas do Núcleo Musicou, educadores(as) e comunidade.
Cada projeto é elaborado pela equipe de coordenação regional e gestão da sede do Musicou em conjunto com os(as) educadores(as) dos núcleos. Os(as) artistas são selecionados(as) de acordo com objetivos artísticos e pedagógicos a serem desenvolvidos em cada núcleo.
A escolha dos artistas busca também atender ao critério de diversidade musical e cultural previsto no Projeto Político e Pedagógico do Musicou.
Os projetos podem envolver workshops e master classes a alunos(as) e comunidade, participação em apresentações musicais junto a alunos(as) do Musicou, performance, formação da equipe educacional, entre outras possibilidades.
Os artistas residentes desenvolvem seus projetos em dois ou três encontros, a depender de qual tenha sido o plano elaborado e a frequência para sua aplicação. Desta forma, os projetos poderão ser desenvolvidos em encontros consecutivos ou distribuídos ao longo do semestre e os artistas poderão retornar ao núcleo após um período combinado para um encerramento em conjunto, a partir do que foi desenvolvido em suas diretrizes e orientações anteriores.
SERVIÇO
Musicou Convida Oficina de toques de Ibeji + mostra de processo com o Grupo Bongar 24, 25 e 26 de setembro, das 14h às 17h Musicou Olinda – Centro Cultural Grupo Bongar Endereço: Rua Iêda – São Benedito – CEP: 53270-600
O Musicou Convida retorna a sua programação na cidade de São Paulo entre os dias 24 e 25 de setembro. Dessa vez, o Musicou FUNSAI, localizado no bairro do Ipiranga, recebe a compositora e pianista Heloisa Fernandes.
Nos dois dias, da 14h às 17h, a artista convidada realiza oficina gratuita de Criatividade e Invenção Musical para 20 alunos do Musicou FUNSAI e para as primeiras 10 pessoas que chegarem ao núcleo. No dia 25, às 19h, ela realiza um concerto aberto ao público no auditório do LAMFF, com capacidade para 60 pessoas.
Com um repertório centrado em sublimes interpretações e criações instrumentais, sendo uma das cinco finalistas premiadas no Prêmio Visa de Música Brasileira, Heloisa Fernandes consolidou sua carreira profissional através da pesquisa da cultura popular, que abastece suas composições como fonte catalizadora e inspiradora.
Na oficina do Musicou Convida, a artista fala sobre o seu processo criativo para composição e performance de músicas instrumentais e jazzísticas da música popular brasileira.
Próxima atividade no Musicou FUNSAI
O Musicou Convida retorna para o núcleo de São Paulo para atividades artístico-pedagógicas, dias 10 de 11 de outubro, com o produtor musical Arthur Joly. Fundador da gravadora Reco-Head Records, Joly lançou e produziu dezenas de discos, entre ele o aclamado “Vivo Feliz” da cantora Elza Soares.
Em dois dias de oficinas no Musicou FUNSAI, Arthur apresenta para o público como funciona a produção musical na prática, a vivência profissional e mostra como fazer uma gravação multipista.
Sobre o Musicou Convida
O Projeto Musicou Convida está calcado em uma proposta de residência artística em que artistas consagrados, com carreiras consolidadas em âmbito local, nacional ou internacional, são convidados a desenvolver um projeto artístico e pedagógico voltado aos alunos e alunas do Núcleo Musicou, educadores(as) e comunidade.
Cada projeto é elaborado pela equipe de coordenação regional e gestão da sede do Musicou em conjunto com os(as) educadores(as) dos núcleos. Os(as) artistas são selecionados(as) de acordo com objetivos artísticos e pedagógicos a serem desenvolvidos em cada núcleo.
A escolha dos artistas busca também atender ao critério de diversidade musical e cultural previsto no Projeto Político e Pedagógico do Musicou.
Os projetos podem envolver workshops e master classes a alunos(as) e comunidade, participação em apresentações musicais junto a alunos(as) do Musicou, performance, formação da equipe educacional, entre outras possibilidades.
Os artistas residentes desenvolvem seus projetos em dois ou três encontros, a depender de qual tenha sido o plano elaborado e a frequência para sua aplicação. Desta forma, os projetos poderão ser desenvolvidos em encontros consecutivos ou distribuídos ao longo do semestre e os artistas poderão retornar ao núcleo após um período combinado para um encerramento em conjunto, a partir do que foi desenvolvido em suas diretrizes e orientações anteriores.
Sobre o Musicou
O Musicou é um programa de educação musical que oferece aulas gratuitas para pessoas de todas as idades, em diversas cidades do Brasil. Os núcleos oferecem aulas de iniciação musical, canto coletivo, percussão, violão, viola caipira e sanfona (é preciso consultar os cursos disponíveis em cada região).
Apesar de novo, o Musicou já nasce com sólida experiência em música, educação e desenvolvimento social, pois trata-se de um programa criado pela Sustenidos Organização Social de Cultura, instituição sem fins lucrativos, especialista na implantação e gestão de políticas públicas de cultura.
SERVIÇO
Musicou Convida Oficina de Criatividade e Invenção Musical + Concertocom Heloisa Fernandes
Dias das oficinas: 24 e 25 de setembro, das 15h às 18h Dia do concerto: 25 de setembro, às 19h
Com o principal objetivo de destacar os colaboradores da Sustenidos, trazendo entrevistas individuais sobre como é trabalhar em uma OS, a partir de diferentes perspectivas, a editoria Sou Sustenidos chega a sua terceira edição. A coluna já conversou com o gerente artístico musical do Conservatório de Tatuí, Renato Bandel, e com a gerente do projeto Musicou, Fernanda Solon.
Compartilhado em primeira mão aos assinantes da newsletter Sustenidos Conecta, o post é mensal e, dessa vez, conta a história da Ana Lucia Lopes – Gerente de Formação, Acervo e Memória do Theatro Municipal.
Nascida no bairro da Penha, subúrbio do Rio de Janeiro, Ana Lucia cresceu no município de Nova Iguaçu, onde se formou em Pedagogia pela Faculdade de Filosofia Ciência e Letras de Nova Iguaçu (1977). Em São Paulo, realizou mestrado em Ciência Social -Antropologia Social- pela Universidade de São Paulo (1997). No ano de 2006, se tornou doutora também pela USP. Ela trabalhou por 16 anos no Museu Afro Brasil Emanoel Araujo, antes de chegar em 2021 na Sustenidos.
Filha de pais socialistas, Ana Lucia sempre esteve ligada a pautas políticas públicas sociais. “Na década de 1970, eu comecei a fazer ações de mobilização para melhoras no meu bairro, trabalho de educação para adultos. Então, a minha geração começou muito cedo a fazer ação política no sentido da ação concreta, de ação reparadora”, conta ela.
“Inicialmente, eu escolhi trabalhar em escolas da Baixada Fluminense, mesmo já podendo trabalhar em qualquer cidade, porque os concursos eram estaduais. Eu poderia escolher o município de minha preferência, mas eu fiquei nos bairros mais periféricos da baixada mesmo”, complementa.
Pedagoga, antropóloga e professora, Ana Lucia trabalhou por mais de 30 anos em instituições de ensino. “Eu já tenho muito tempo dentro de escolas. Eu fui diretora, professora e principalmente coordenadora pedagógica em escolas públicas, de comunidade, de sindicato e até escola de classe média aqui em São Paulo, então atravessei vários níveis, várias camadas do ensino”, revela.
Após realizar seu mestrado em Ciência e Antropologia Social em São Paulo, Ana foi convidada pelo saudoso escultor Emanoel Araujo para participar do comitê que fundou oMuseu Afro Brasil, em 2004. “Quando Emanoel fez a exposição Memórias de negros para nunca, jamais esquecer, eu fui chamada por ele para formar a área de educação, por não estar satisfeito com os trabalhos realizados no educativo. Então, eu passei a compor essa equipe, pensando na perspectiva educacional do museu. Eu era antropóloga, mas tinha uma perspectiva de educação, uma experiência de educação muito grande, maior do que a de antropólogo”, conta ela, que ficou na instituição por 16 anos.
Na função de conselheira curatorial, Ana revela que passou o ano de 2004 inteiro montando a proposta do Museu Afro, se tornando posteriormente coordenadora do Núcleo de Educação. Em 2009, ela também passou a integrar o projeto Fábrica de Cultura na Secretaria de Educação. “Depois da experiência incrível na Fábrica de Cultura, eu fiquei integralmente no Museu Afro, mas não mais no Núcleo de Educação, mas sim em uma função de planejamento curatorial ao lado de Emanoel”, diz ela.
“Nesse tempo todo que fiquei no Museu Afro, eu estive sempre junto do Emanoel, articulando, discutindo e fazendo uma coordenação mais geral dos núcleos de pesquisa, educação e a parte de museologia nesse conjunto de núcleos”, completa.
Ana ficou no Museu Afro até o ano de 2020, antes de receber o convite para integrar o antigo projeto Guri. Em 2021, quando ela aceitou o convite, ela foi convidada para participar do Conselho de Administração da OS, no momento de transição para a Sustenidos.
“Inicialmente, eu não tinha a mínima ideia de que eu trabalharia um dia no Theatro Municipal, pois eu, inicialmente, fui convidada pelo presidente do Conselho para pensar na possibilidade de implantar uma gerência. A minha relação inicial com a Sustenidos me impressionou de cara, pela seriedade das pessoas que compunham o Conselho, o número de reuniões, a dedicação, o envolvimento. Era uma coisa que dava prazer de participar”, conta ela
Ana, então, sugeriu fazer um trabalho voluntário durante um mês no Theatro Municipal, para entender como era o processo na instituição e verificar se conseguiria sustentar o trabalho lá dentro. “Eu fiquei lá como voluntária, ajudando, discutindo, entendendo a lógica um pouco, aquilo que dá para entender em 30 dias”, revela.
Após assumir o desafio de ser a gerente do acervo do Municipal, Ana conta que realizou uma reestruturação na área “É importante dizer que é uma gerência de formação, acervo e memória e que fomos nós que colocamos a palavra acervo. Se a gente chamasse apenas gerência de formação e memória, não daria conta de tudo que acontece no departamento”, revela.
“Nós colocamos a palavra acervo no nome para poder reforçar a ideia e a necessidade de um núcleo de acervo que tivesse um tratamento quase museológico, um tratamento sistêmico para o seu acervo, porque nunca existiu no Theatro Municipal”, conta
“Existiam tratamentos por figurinos pontuais e importantes, mas o Municipal nunca teve uma equipe que cuidasse especificamente do acervo, tanto é que a gente chegou lá e não sabiam nem quantas peças tinham, 20 mil, 30 mil, 100 mil, um milhão. Ninguém sabia, nem a fundação sabia na época”, complementa.
Com uma proposta de troca de experiências, conhecimentos e muita música entre artistas convidados, alunos do Musicou e a comunidade local, o Musicou Convida, patrocinado em 2024 pela Nubank, desembarca no Nordeste para uma programação nas cidades de Fortaleza, Recife, Olinda, Quixeramobim, Quixadá e Picuí. Criado pela Sustenidos Organização Social de Cultura, o Musicou é um programa de educação musical que oferece aulas gratuitas para pessoas de todas as idades, em diversas cidades do Brasil.
“O Musicou Convida procura proporcionar vivencia dos alunos e alunas com artistas profissionais de várias vertentes, de contextos acadêmicos e artísticos. E essa experiência gera muitas marcas para as vidas das pessoas, principalmente por pensarmos em uma programação com uma diversidade musical e artística contemplada nessa edição”, conta o coordenador pedagógico do projeto Musicou, Ari Colares.
“Na programação do Nordeste, além de vivenciar essa experiência pedagógica, destacamos o ensaio e pocket show do Zeca Baleiro com o Fausto Nilo, em Quixeramobim no Ceará. Essa apresentação é uma celebração aos 80 anos do Fausto, que também é contada em uma exposição que acontece em sinergia na Casa de Antônio Conselheiro. Já o Bongar, em Olinda, tem uma importância fundamental como um grupo de um quilombo urbano”, completa Colares, reforçando a diversidade artística da programação.
A programação nordestina começa em Recife, no Auditório do núcleo Musicou Dom Helder Câmara. Nos dias 10, 11 e 12 de setembro, o Musicou Convida conta com a participação do duo de afropop Barbarize. Os artistas Yuri Lumin e Bárbara Espíndola darão dois dias de oficina de produção musical e concluem sua participação com uma performance para os convidados, mesclando batidas da bossa nova, funk, trap e rap e cantando a realidade da comunidade do Bode, em Pina, bairro onde moram na capital pernambucana.
Nos dias 24, 25 e 25 de setembro, o núcleo Musicou Olinda realiza atividades artístico-pedagógicas com o Grupo Bongar. Nos dois primeiros dias, eles realizam oficina de toques para Ibeji. No Candomblé, Ibeji é o orixá das crianças, dos gêmeos, da alegria, da prosperidade e da sorte. No terceiro dia, eles realizam uma mostra de processo para os convidados.
Formado por percussionistas e cantores que revezam os instrumentos como a alfaia, ganzá, abê, caixa, congas, ilu e tabicas, o grupo Bongar faz parte da Nação Xambá, localizada em Olinda. Eles realizam um trabalho de resgate e divulgação da cultura e religião da nação Xambá através de sua dança tradicional, o coco, e em seu mais recente trabalho, as giras de Jurema.
No Ceará, as atividades começam nos dias 8, 9 e 10 de outubro. O núcleo Musicou Fortaleza recebe a sanfoneira Lívia Mattos para dois dias de oficinas de criação musical e um dia de aula aberta no Theatro José de Alencar. Natural de Salvador, Lívia Mattos é acordeonista, compositora, socióloga e artista circense.
Depois de muitos anos circulando como instrumentista para artistas como Chico César, Rosa Passos, Badi Assad, Orquestra Sinfônica da Bahia e outros, a sanfoneira lançou o seu primeiro álbum autoral em 2017, intitulado Vinha da Ida.
Voltando para Recife, o núcleo Musicou Eduardo Campos recebe do dia 21 a 23 de outubro a musicista Vitória do Pífe. No período, educadores e alunos participam de oficinas de construção de pífanos e vivência de banda de pífanos com a artista convidada.
Parte da nova geração de pifeiros no agreste de Caruaru, Vitória do Pífe aprendeu a fabricar o instrumento com o mestre João do Pife. Ela está conquistando a cena musical com sua habilidade no instrumento que é símbolo da região e parte integrante da identidade cultural caruaruense do Pife.
Retornando para o Ceará, no dia 28 de outubro, o município de Quixeramobim conta com apresentação de Zeca Baleiro e Fasto Nilo, além de proporcionar, antes, a vivencia/ensaio para alunos do Musicou Quixeramobim e crianças de escola municipal da cidade. Já o pocket show acontece do lado de fora da casa de onde nasceu Antonio Conselheiro e onde Fausto Nilo morou.
Nascido no Maranhão, mas vivendo grande parte de sua vida em São Paulo, Zeca Baleiro é um dos principais nomes da música popular brasileira. Com 16 discos lançados, Baleiro teve suas composições interpretadas por cantoras como Simone, Gal Costa, Elba Ramalho, Luiza Possi, Vange Milliet, entre outros.
Já o compositor, arquiteto e poeta Fausto Nilo é considerado até hoje, ao lado de Paulo César Pinheiro, Ivan Lins, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Jobim, Roberto & Erasmo Carlos, Vinícius de Moraes, Chico Buarque e Noel Rosa, como um dos compositores com maior número de composições, com cerca de 400 sucessos assinados por ele.
Seguindo a programação pelo Ceará, nos dias 4 e 5 de novembro, o núcleo Musicou Quixadá realiza oficina de criação musical com o compositor, arranjador e acordeonista cearense Adelson Viana. No dia 6, Viana realiza uma mostra de processo para alunos do Musicou e comunidade local.
Com nove discos lançados e oriundo de uma família de músicos, Adelson Viana mergulha pelo forró nordestino com seus principais sucessos, entre eles Querer, Xote Da Mariana, Anjo Querubim e Assim É o Nosso Amor.
Para concluir a programação do Musicou Convida na região Nordeste, o estado da Paraíba reúne alunos do Musicou para atividades nos dias 11, 12 e 13 de novembro. Com a presença do maestro Vladmir Silva, a programação conta com teatro a céu aberto no centro do município de Picuí e realiza encontro de canto coletivo, Canções Para Sonhar e Dormir.
No primeiro dia, acontece uma atividade de formação com os educadores e oficinas nos núcleos Musicou Seridó e Musicou Pedra Lavrada. No segundo dia, as oficinas ocorrem nos núcleos do Musicou Nova Palmeira, Picuí e Baraúna. Para concluir a programação, no dia seguinte acontece um ensaio de grupo, seguido de apresentação na Praça Central de Picuí.
Sobre o Musicou Convida
O Projeto Musicou Convida está calcado em uma proposta de residência artística em que artistas consagrados, com carreiras consolidadas em âmbito local, nacional ou internacional, são convidados a desenvolver um projeto artístico e pedagógico voltado aos alunos e alunas do Núcleo Musicou, educadores(as) e comunidade.
Cada projeto é elaborado pela equipe de coordenação regional e gestão da sede do Musicou em conjunto com os(as) educadores(as) dos núcleos. Os(as) artistas são selecionados(as) de acordo com objetivos artísticos e pedagógicos a serem desenvolvidos em cada núcleo.
A escolha dos artistas busca também atender ao critério de diversidade musical e cultural previsto no Projeto Político e Pedagógico do Musicou.
Os projetos podem envolver workshops e master classes a alunos(as) e comunidade, participação em apresentações musicais junto a alunos(as) do Musicou, performance, formação da equipe educacional, entre outras possibilidades.
Os artistas residentes desenvolvem seus projetos em dois ou três encontros, a depender de qual tenha sido o plano elaborado e a frequência para sua aplicação. Desta forma, os projetos poderão ser desenvolvidos em encontros consecutivos ou distribuídos ao longo do semestre e os artistas poderão retornar ao núcleo após um período combinado para um encerramento em conjunto, a partir do que foi desenvolvido em suas diretrizes e orientações anteriores.
Sobre o Musicou
O Musicou é um programa de educação musical que oferece aulas gratuitas para pessoas de todas as idades, em diversas cidades do Brasil. Os núcleos oferecem aulas de iniciação musical, canto coletivo, percussão, violão, viola caipira e sanfona (é preciso consultar os cursos disponíveis em cada região).
Apesar de novo, o Musicou já nasce com sólida experiência em música, educação e desenvolvimento social, pois trata-se de um programa criado pela Sustenidos Organização Social de Cultura, instituição sem fins lucrativos, especialista na implantação e gestão de políticas públicas de cultura.
SERVIÇO
2ª edição do Musicou Convida – programação Nordeste (Programação CEARÁ)
Oficina de criação com Livia Mattos
Livia Mattos apresenta: Aula aberta: Entre foles e picadeiros: processos criativos e construção de trajetória Oficinas: Dispositivos Criativos Sanfonásticos e Criatividade Musical
8 de outubro, 14h30 às 16h30 Aula aberta Público alvo: Comunidade Musicou, público geral interessado (caso a pauta do teatro Morro do Ouro esteja livre, em caso contrário só a comunidade do núcleo mesmo)
9 e 10 de outubro Oficina: Dispositivos criativos sanfonásticos Das 14h30 às 16h Público alvo: Alunas e alunos de sanfona do núcleo Vagas: 15 Faixa etária: Livre
Oficina de Criatividade musical Das 16h15 às 18h15 Público alvo: alunos e professores da instituição Vagas: 25 Faixa etária: 13+ Musicou Fortaleza – Theatro José Alencar Endereço: Rua 24 de maio, 600 – Centro, Fortaleza/CE (Anexo CENA do TJA).
Festival Fausto Nilo – ensaio e pocket show com Zeca Baleiro e Fasto Nilo
28 de outubro, das 14h às 20h
Musicou Quixeramobim –Assentamento Nova Canaa Endereço: SN 63800-000 Quixeramobim
Oficina de criação musical com Adelson Viana 4, 5 e 6 de novembro, das 14h às 17h
Musicou Quixadá – Centro Cultural Rachel de Queiroz Endereço: Rua Jose Jucá, 343, Centro – CEP 63900-085
(Programação PERNAMBUCO)
Oficina e performance do grupo com o duo Barbarize 10, 11 e 12 de setembro, das 14 às 17h. Musicou Recife – Dom Helder Câmara Endereço: Rua Lourenço de Sá, 140 – Ilha Joana Bezerra
Oficina de toques de Ibeji com o Grupo Bongar 24, 25 e 25 de setembro, das 14h às 17h Musicou Olinda – Centro Cultural Grupo Bongar Endereço: Rua Iêda – São Benedito – CEP: 53270-600
Oficina de construção de pífanos e vivencia de banda com Vitória do Pífa
21, 22 e 23 de outubro, das 14h às 17h Musicou Recife – Eduardo Campos Endereço:Av. Aníbal Benévolo, S/N –Linha do Tiro – CEP 52131-000
(Programação PARAÍBA)
Encontro de Canto Coletivo – Canções para cantar e sorrir + teatro a céu aberto com Vladmir Silva
11 de novembro, das 14h às 20h 12 e 13 de novembro, das 17h às 20h Musicou Baraúna Endereço:Rua Getúlio Vargas, s/n, Centro Musicou Nova Palmeira Endereço:Rua Almisa Rosa, 82 – Centro Musicou Pedra Lavrada Endereço: Sec. Assistência Social – Rua Heliomar – R. Cordeiro de Souza, s/n Musicou Picuí Endereço: Parque Ecológico de Picuí
Em setembro, mês em que comemora seus 113 anos, o Theatro Municipal de São Paulo celebra a data com uma programação repleta de eventos marcantes. O destaque vai para Nabucco, de Giuseppe Verdi, com direção de Christiane Jatahy. A diretora cênica chega a São Paulo com remontagem da obra, que foi aclamada em Genebra. A ópera será apresentada nos dias 27, 28, 29/09 e 01, 02, 04, 05/10.
Nabucco segue a difícil situação dos judeus exilados de sua terra natal pelo rei babilônico Nabucodonosor II. Com libreto de Temistocle Solera e baseada em passagens bíblicas do Antigo Testamento, esta ópera é uma complexa trama de amor, política e religião. Os ingressos custam de R$31 a R$200 e o espetáculo tem duração de 160 minutos. O espetáculo é realizado em parceria com o Istituto Italiano di Cultura San Paolo.
Já no dia 25, quarta-feira, às 17h, no Salão Nobre, o público terá a oportunidade de imergir na visão da diretora, Christiane Jatahy, no evento Conversa de Bastidor de Nabucco, que terá mediação de Ruthe Pocebon e a participação de Roberto Minczuk, diretor musical. A participação é gratuita, os ingressos serão liberados por ordem de chegada e sujeitos a lotação máxima, classificação de 12 anos, com duração de 60 minutos.
No primeiro domingo do mês, dia 01, às 11h,a Orquestra Experimental de Repertório, sob regência de Wagner Polistchuk e participação da soprano Caroline de Comi, apresenta Dança e Máscaras, que no repertório terá obras como Romeu e Julieta – Suite de Sergei Prokofiev, Concerto para Soprano Coloratura e Orquestra, Op. 82 de Reinhold Gliére e O Pássaro de Fogo – Suite, de Igor Stravinsky. Realizado na Sala de Espetáculos do Theatro Municipal, os ingressos vão de R$12 a R$33, com classificação livre e duração de 60 minutos.
Na quinta-feira, 05, às 20h, dentro da série Grandes Quartetos, o Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo se apresenta com Fernando Tomimura, piano, na Sala do Conservatório, na Praça das Artes. O repertório trará o Quinteto Op. 51, de Anton Arensky, e o Quinteto Op. 57, de Dmitri Shostakovich. Os ingressos custam R$33, classificação livre e duração de 60 minutos.
Já na sexta-feira, 06, às 20h, a escadaria interna do Theatro Municipal será palcopara Um Furo em Godot – Como Comemorar As Centenárias Cacilda Becker e Maria Callas no Século XXI, uma metaperformance (uma peça dentro de outra), remontagem semiótica do teatro do absurdo do dinamasquês, Samuel Backett. A apresentação tem como protagonistas duas artistas mulheres relevantes e centenárias no cenário artístico mundial, a atriz Cacilda Becker e a cantora lírica Maria Callas.
A produção conta com Morgana Olívia Manfrin, direção, atriz e dramaturga, Max Ruan de Souza Peruzzo, assistente de direção, cenógrafa, Adriana Magalhães, soprano lírica, Daniel Carrera, trombonista. No elenco estão Adriana Magalhães, André Wey-Martz, Daniel Carrera, Morgana Manfrin e Max Peruzzo. Os ingressos são gratuitos, a classificação é de 12 anos e a duração de 70 minutos.
No dia 13 de setembro, sexta-feira, 18h30 no Vão Livre da Praça das Artes, o Samba de Sexta, fica com o núcleo Inimigos do Batente. A abertura fica por conta do DJ Fred Lima, queatua há mais de 20 anos na arte da discotecagem. O núcleo surgiu nas mesas do já desaparecido Bar do Bilú, no Butantã, marcado por uma maneira própria de conduzir a roda de samba, além da informalidade e o improviso. Os ingressos são gratuitos, a classificação livre e duração é de 180 minutos.
Nos dias 14 e 15 de setembro, às 10h30, o Theatro Municipal realiza o fórum Abram Alas: A Batalha por Equidade na Indústria Musical, no Salão Nobre. Evento dedicado a explorar e promover práticas que aumentem a equidade na indústria musical. Reunindo especialistas, artistas e líderes do setor, discutiremos estratégias para enfrentar desigualdades e criar oportunidades, visando um futuro musical mais inclusivo e diversificado. Uma colaboração entre o Theatro Municipal de São Paulo, a Fundação Donne, Mulheres na Música e a jornalista Camila Fresca.
Sábado, dia 14, às 10h30 abertura com Camila Fresca, Gabriella Di Laccio, Elodie Bouny e Andrea Caruso. Mesa 01 (10h45 – 12h) As mulheres e a indústria musical: atualidades. Nesta mesa serão apresentadaspesquisas recentes mapeiam a participação das mulheres na indústria musical. Com Gabriella Di Laccio apresentando os resultados da pesquisa anual com as orquestras e a indústria de filmes realizada pela Fundação Donne; e Angela Johansen tratando da última edição da pesquisa “Por elas que fazem a música” promovida pela UBC (União Brasileira de Compositores).
Concerto 01 (12h – 13h). Mulheres na música: compositoras através dos tempos. ParticipamMarília Vargas (soprano), Liuba Klevtsova (harpa) e Camila Fresca (comentários).
Mesa 02 (14h às 15h), com Gabriella Di Laccio e Elodie Bouny: carreira artística no exterior – com perguntas e respostas.
Mesa 03 (15h15 às 16h30): Palcos para artistas independentes. Em tempos de streaming e álbuns digitais, a performance torna-se o espaço privilegiado para o artista independente garantir a sobrevivência. As instituições enxergam seus espaços como arenas democráticas, que devem abarcar o maior número de artistas possível? Como garantir a diversidade e a igualdade de gênero? Com Priscila Rahal, do Sesc-SP; Anna Patrícia Lopes Araújo, da Santa Marcelina Cultura/Theatro São Pedro-SP; e Ligiana Costa, pesquisadora e artista de projetos independentes.
Concerto 02 (16h30- 17h15): Em definição
Domingo, dia 15. Mesa 04 (10h30 – 11h45). Passado e futuro: os estudos sobre gênero e seu reflexo na vida musical atual. A partir de quando a discussão sobre desigualdade de gênero na música realmente se colocou? E como isso se reflete 1. na geração que está se formando hoje? 2. nas disputas em torno das decisões artísticas? Com Camila Fresca, jornalista e pesquisadora; Juliana Starling, cantora do Coro Lírico e professora da Unesp; e Maíra Ferreira, regente titular do Coral Paulistano.
Mesa 05 (12h – 13h). Possibilidades e desafios: a música e o universo das artes
Com Gabriella Di Laccio conversa com Anna Toledo (https://annatoledo.com.br/). Atriz, cantora, compositora, escritora e roteirista, a artista compartilha suas experiências e dificuldades como autora e compositora no universo do teatro musical. Anna também discutirá a importância de se criar um portfólio diversificado, englobando múltiplas disciplinas artísticas, bem como estratégias para se criar e aproveitar oportunidades na indústria. O encontro visa oferecer alternativas para artistas que buscam expandir suas carreiras de forma inovadora e colaborativa.
Mesa 06 (14h15 às 15h40). Publicar, gravar e sobreviver. Como editar e publicar suas próprias obras? Como sobreviver de direitos autorais em tempos de streaming? Com Elodie Bouny, artista que é sua própria editora; Catarina Domenici, professora, pianista e compositora; Bárbara Leu, representante da gravadora Azul Music; e Cleuza Lopes, representante da Tratore, distribuidora de música independente.
Concerto 03 (16h – 17h). Encerramento: Concerto com Gabriella Di Laccio (soprano), Elodie Bouny (violonista) e Catarina Domenici (pianista)
Entre os dias 15 e 20 de setembro, a Cúpula do Theatro Municipal, recebe Marta Soares e Cia. que apresentam o espetáculo Les Poupées. Concebido, dirigido e interpretado por Marta Soares, o solo de dança “Les Poupées” tem como ponto de partida as fotografias de bonecas realizadas pelo fotógrafo surrealista alemão Hans Bellmer que foi influenciado pelos contos de E.T.A. Hoffman, em especial pelo conto “O Homem de Areia” que deu origem ao ballet Copélia, pelos movimentos dadaísta e surrealista e pelos experimentos psicanalíticos realizados no início do século XX por Charcot e Freud com pacientes histéricas.
O núcleo Marta Soares e Cia. atua na cidade de São Paulo desde 1995 e vem realizando pesquisa de vanguarda em dança. As questões relacionadas ao feminino são abordadas na obra de Marta Soares, a partir da fricção e do embate entre as esferas micro e macro políticas. Les Poupées recebeu o Prêmio APCA 1997, e foi concebido, dirigido e interpretado por Marta Soares, tem como ponto de partida as fotografias de bonecas realizadas pelo fotógrafo surrealista alemão Hans Bellmer que foi influenciado pelos contos de E.T.A. Os ingressos custam R$33, a classificação livre e duração de 40 minutos.
No dia 17, terça-feira, às 13h, acontece no Salão Nobre a Homenagem ao maestro Roberto Casemiro, o primeiro maestro negro do Theatro Municipal de São Paulo, como regente do Coro Paulistano e cantando junto ao coro lírico, como baixo, instituição em que se aposentou. O repertório terá Cântigo de Ogun, tradicional Iorubá, Nkosi Sikelele’iAfrika “Deus abençoe a África”, de Enoch Sontonga, entre outras. Os ingressos são gratuitos, classificação livre e duração de 60 minutos.
Entre os dias 19 e 20 de setembro, a Sala da Exposições da Praça das Artes recebe a performance e vídeo-dança Medo. Compreendendo o medo como este afeto que emerge no limite entre a proteção e a ameaça, entre a mudança e a permanência, entre o presente e o futuro, que coloca o humano a pisar em ovos, o intérprete Odu Ofá se posiciona em tal fronteira com seu corpo desamparado, num ninho radicalmente ameaçado em sua integridade pelo desejo de mover-se em direção ao devir. Como fazer com que pisar em ovos não signifique a paralisia ou excesso de cautela, mas movimento? Um movimento em direção ao que há de mais inexorável na relação do humano com o desejo: estar desamparado e sem garantias. Os ingressos são gratuitos, distribuidos por ordem de chegada, a clasificação etária é de 18 anos.
Por fim, no dia 26, quinta-feira, naSala do Conservatório, às 20h,o Quarteto de Cordas da Cidade convida Beto Villares para uma apresentação de suas composições com arranjo para o Quarteto. Os ingressos custam R$33, classificação livre e duração de 60 minutos.
“Bioglomerata”, a nova coreografia de Cristian Duarte, que estreou em agosto no Theatro Municipal de São Paulo, tem vários momentos dramáticos, como os movimentos que executam no palco com grandes bastões de luz — um deles mergulha a vara luminosa no fosso da orquestra, que entra branca e sai vermelha sangue. Em outro, dois bailarinos seguram um dos feixes de luz próximos ao corpo de um colega, iluminando bem de perto seus movimentos, criando assim um recorte dentro da cena maior do balé que acontece no palco.
A peça é uma atualização de outra dança do coreógrafo paulistano, “BioMashup”, encenada há dez anos. Duarte conta que a nova coreografia reflete onde o seu pensamento está agora. Os bastões vem de uma reflexão estética sobre o espaço, e os movimentos dos corpos não trazem referências só da dança contemporânea e do balé clássico, mas também “da rua, da vida, de poesia, do que eu ouço e leio”.
Há 16 bailarinos no palco e muita coisa acontece ao mesmo tempo. A coreografia é como uma pintura viva, tipo um quadro do holandês Hieronymus Bosch, em que cada uma das pessoas executa uma tarefa diferente no mesmo espaço em prol de um todo coeso. Uns dançam sozinhos, outros em dupla, bailarinos são arrastados pelo chão de lá para cá ou carregados por um colega de um ponto a outro.
Os movimentos têm uma tensão constante, o que o coreógrafo disse buscar, tanto nos gestos quanto na trilha sonora, de ares levemente ameaçadores, executada ao vivo. Um músico fica no centro do palco comandando um teremim, instrumento vintage de música eletrônica, dos anos 1920, que funciona sem contato, só com o aproximar e afastar das mãos. No fosso, a Orquestra Sinfônica Municipal acompanha o som de suspense gerado no teremim.
Em outro espetáculo, o Balé da Cidade estreou uma dança inédita do colombiano Luis Garay, “Pensamento Cintilante”. Ele, no entanto, afirma não gostar de chamar o seu trabalho de coreografia, mas sim de estudo ou exercício. “Achei que as coisas que eu observava no ensaio eram muito mais interessantes do que na cena pronta”, diz.
Isto significa, segundo o coreógrafo, momentos de interação, repetição e reflexão, estados que desenvolveu com 13 bailarinos ao longo das últimas quatro semanas e meia, com disciplina de quartel.
No palco, as vozes de robô da trilha sonora dissonante, também executada ao vivo pela Orquestra Sinfônica Municipal, dão um ar apocalíptico de fim de século 20 ao espetáculo.
Com uma proposta de troca de experiências, conhecimentos e muita música entre artistas convidados, alunos do projeto Musicou e a comunidade local, o Musicou Convidainiciou sua programação no dia 22 de agosto na cidade de São Paulo e segue até novembro com atividades nos núcleos do Ceará, Pernambuco, Paraíba, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e interior de São Paulo. Criado pela Sustenidos Organização Social de Cultura, o Musicou é um programa de educação musical que oferece aulas gratuitas para pessoas de todas as idades, em diversas cidades do Brasil.
O núcleo que recebeu a primeira atividade do Musicou Convida é o Musicou FUNSAI, localizado no bairro do Ipiranga e que possui como mantenedora a FUNSAI – Fundação Nossa Senhora Auxiliadora do Ipiranga, organização sem fins lucrativos que atua em São Paulo desde 1896. Nos dias 22, 23 e 24 de agosto, às 15h, o espaço recebeu a oficina Tecnologia Musical, Semiótica e Gesto do músico e artista multimídia Dudu Tsuda. Ao todo, serão disponibilizadas 20 vagas para alunos e 10 para a comunidade local.
“Essa oficina foi bem especial, pois o Dudu é um grande artista multimídia e performer. Os alunos tiveram a oportunidade de ver essa junção entre som e imagem, colaborando para a ampliação de suas compreensões criativas”, conta o Coordenador Pedagógico Regional do Musicou, Alexandre Soares.
Nessa atividade, Tsuda realizou uma oficina de criação e construção sonora a partir de insinuações, sensações e textos reflexivos. Ele, que também é compositor, performer, produtor musical, professor, diretor artístico do selo de arte sonora e música experimental ALEA, ainda compartilhou a sua experiência em exposições, performances, concertos musicais e trabalhos premiados em diferentes países como França, Japão, Colômbia, Bolívia, Espanha e Alemanha.
Próximas ações no Musicou FUNSAI
O Musicou Convida retorna para o núcleo Musicou FUNSAI para mais duas oficinas. Nos dias 24 e 25 de setembro, como parte das comemorações dos Festejos do Ipiranga, a pianista e compositora Heloisa Fernandes realiza a oficina Criatividade e Invenção Musical com Heloísa Fernandes e apresenta um concerto para os alunos no final da atividade. No mês seguinte, o convidado é o produtor musical Arthur Joly. Ele apresenta a oficina Produção Musical na Prática – Vivência em Produção Musical e Gravação Multipista nos dias 10 e 11 de outubro.
Sobre o Musicou Convida
O Projeto Musicou Convida está calcado em uma proposta de residência artística em que artistas consagrados, com carreiras consolidadas em âmbito local, nacional ou internacional, são convidados a desenvolver um projeto artístico e pedagógico voltado aos alunos e alunas do Núcleo Musicou, educadores(as) e comunidade.
Cada projeto é elaborado pela equipe de coordenação regional e gestão da sede do Musicou em conjunto com os(as) educadores(as) dos núcleos. Os(as) artistas são selecionados(as) de acordo com objetivos artísticos e pedagógicos a serem desenvolvidos em cada núcleo.
A escolha dos artistas busca também atender ao critério de diversidade musical e cultural previsto no Projeto Político e Pedagógico do Musicou.
Os projetos podem envolver workshops e master classes a alunos(as) e comunidade, participação em apresentações musicais junto a alunos(as) do Musicou, performance, formação da equipe educacional, entre outras possibilidades.
Os artistas residentes desenvolvem seus projetos em dois ou três encontros, a depender de qual tenha sido o plano elaborado e a frequência para sua aplicação. Desta forma, os projetos poderão ser desenvolvidos em encontros consecutivos ou distribuídos ao longo do semestre e os artistas poderão retornar ao núcleo após um período combinado para um encerramento em conjunto, a partir do que foi desenvolvido em suas diretrizes e orientações anteriores.
Sobre o Musicou
O Musicou é um programa de educação musical que oferece aulas gratuitas para pessoas de todas as idades, em diversas cidades do Brasil. Os núcleos oferecem aulas de iniciação musical, canto coletivo, percussão, violão, viola caipira e sanfona (é preciso consultar os cursos disponíveis em cada região).
Apesar de novo, o Musicou já nasce com sólida experiência em música, educação e desenvolvimento social, pois trata-se de um programa criado pela Sustenidos Organização Social de Cultura, instituição sem fins lucrativos, especialista na implantação e gestão de políticas públicas de cultura.