Ex-educador do Projeto Guri, empreendedor e músico internacional
Professor do Conservatório de Tatuí, Marcos Santos faz questão de ressaltar a iinfluência musical que teve da família. Incentivado pelo pais, o músico começou a trajetória na Banda do Liceu Noroeste, grupo marcial de Bauru, sua cidade natal. Lá, estudou trompete, participou de festivais e encontros de bandas internacionais e do Brasil. Mas foi o violino que fez o seus olhos brilharem.
A paixão pelo instrumento foi influenciada pela Orquestra Sinfônica Jovem de Bauru. Acompanhado dos pais, Santos teve a oportunidade de assistir a uma apresentação no Teatro Municipal, em Bauru.
“Foi um concerto de inauguração. Estavam convidando crianças para fazerem testes como potenciais alunos daquele projeto. Teve um concerto de violino no dia, fiquei encantado com o som do instrumento, acabei ingressando no projeto e comecei a estudar violino.”
“Foi um concerto de inauguração. Estavam convidando crianças para fazerem testes como potenciais alunos daquele projeto. Teve um concerto de violino no dia, fiquei encantado com o som do instrumento, acabei ingressando no projeto e comecei a estudar violino.”
O Projeto Guri – maior programa sociocultural brasileiro, mantido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo – entrou na vida do educador em 2008, quando ele tinha 18 anos. Sua jornada começou pelo Polo de Jaú e, depois de um pouco mais de um ano, foi transferido para o Polo Bauru, onde ministrava aulas de violino e viola, e fazia os ensaios de violino, viola, violoncelo e contrabaixo, além de atuar como regente.
Segundo ele, o Projeto abriu portas para que pudesse experimentar enquanto professor.
“Tive a oportunidade de aprender com outros educadores, com as capacitações. Pude entender melhor o mundo do ensino coletivo e dos projetos sociais. Foi uma experiência extremamente importante na minha formação como profissional”
Novas oportunidades
Em 2011, Marcos teve uma oportunidade de estudar nos Estados Unidos. Durante oito anos morando no país, fez mestrado e doutorado, trabalhou com orquestras profissionais e vivenciou outras oportunidades.
“Mais do que o mestrado e o doutorado, foi a experiência de aprender com pessoas, com meus colegas de classe, com os profissionais de orquestras que eu pude tocar e assistir”
Apesar da vida estável e das oportunidades criadas longe de casa, Marcos optou por voltar ao Brasil, em 2018, para lecionar na UNICAMP e no Conservatório de Tatuí. Hoje, possui a escola de música: Bravo Academia de Música, em Bauru, e continua com as aulas no Conservatório de Tatuí. E, dá dica para quem quer seguir a carreira musical.
“O que eu diria para outros jovens que têm o sonho de seguir a carreira dentro da música é: estude. Estude muito seu instrumento, mas também desenvolva outras habilidades. Leia muito, aprenda outro idioma, estude outros assuntos. Hoje também é extremamente importante que o músico possa ser empreendedor”